Sinopse: Cartas mais íntimas que um diário, estranhamente únicas, hilárias
e devastadoras - são apenas através delas que Charlie compartilha todo o seu
mundinho com o leitor. Enveredando pelo universo dos primeiros encontros,
dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e daquela música perfeita que nos
faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o
amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de
ameaça. Uma leitura que deixa visível os problemas e crises próprios da
juventude.
“A vida batucava com as mãos no volante. O amor colocou o braço pra fora
do carro e fazia ondas no ar. E eu fiquei sentado entre os dois. Depois que a
música terminou, eu disse uma coisa: ‘Eu me sinto infinito.”
“É duro ver um amigo sofrendo tanto. Especialmente quando você nada pode
fazer, a não ser ‘estar lá’. Queria fazer com que ele parasse de sofrer, mas
não posso. Então eu só o acompanho aonde quer que ele queira ir para me mostrar
seu mundo.”
"Querido Charlie, como vai?
Sinto muito pela demora em responder
suas cartas. Estava dando um tempo para pensar sobre sua história e acabei me
envolvendo com outras, mas não pense que me esqueci de você.
Fico muito feliz em saber que você
deixou sua vida monótona de lado e, enfim, conseguiu se enturmar, fazendo novos
amigos em sua nova escola. Sam, Patrick, Alice e Mary Elizabeth lhe fizeram
muito bem, espero que você ainda mantenha contato com eles.
Ah, fiquei surpresa em saber que você
Mary Elizabeth, nunca achei que vocês dois combinassem. Relacionamentos são
extremamente complicados. Ninguém quer ficar sozinho, mas “levar com a barriga”
um namoro sem futuro e que faz mal a um dos dois por ter medo de terminar é
terrível. Não faça mais isso, por favor.
Que situação complicada aconteceu com o
Patrick, o conselho sobre relacionamentos que lhe dei, passe a ele, e diga que
tudo ficará bem. Se você ama alguém de verdade, não fica escondendo, luta-se
contra o preconceito.
Em suas cartas descobri que você passou
por momentos muito difíceis depois da morte de Michael, seu único amigo,
percebi também o quanto lhe dói lembrar-se dele e de sua morte. Mas,
independente do que aconteceu e possa vir a acontecer, lembre-se que você tem
uma família fantástica que sempre te dá um apoio enorme em suas decisões.
Falando neles, como estão? Candace superou tudo que aconteceu com ela? Percebeu
o quanto é legal e inteligente e começou a se valorizar mais?
Fiquei chocada ao saber o que realmente
aconteceu entre você e sua tia Helen. Sinto muito por isso, não tenho palavras
pra expressar o que sinto. Sei que você ainda está abalado e, que talvez, as
cicatrizes fiquem para sempre, mas reviver a morte dela e tudo o que aconteceu,
não vai lhe trazer o sossego.
Adorei seu professor, Bill, gostaria de
ter tido um professor como ele, não conheço o livro “O sol nasce para todos”
que ele lhe deu, vou procurar para ler. Ler acalma o coração e amadurece a
alma, aprendemos muito quando lemos, não perca esse hábito.
Li também que você participou da
adaptação para o teatro do filme “The Rocky Horror Picture Show”, não conheço
este filme, mas me diverti com seus relatos dos ensaios e apresentações. Adoro
teatro e filmes. Continue encenando, ajuda muito a perder a timidez.
Enfim, Charlie, suas cartas me ajudaram
com muitas questões em minha vida. Espero que esta lhe ajude também. Não tenha
medo de viver, Charlie. Sorria, chore, brinque, seja você, o que importa em
quem está ao seu lado é a qualidade, não a quantidade.
Fique bem, divirta-se e espero receber
novas cartas suas em breve.
Sinta-se infinito!
Com carinho,
Uma amiga."
O que todos se perguntam: Qual a vantagem de ser invisível?
—Spoiler—
"Você vê as coisas. Você guarda
silêncio sobre elas. Você compreende."
–Fim do Spoiler—
Autor: Stephen Chbosky
Título
Original: The Perks
of Being a Wallflower
Adaptação para Cinema: 21 de setembro de 2012.
Alguns temas abordados: drogas, sexo, morte, depressão, amizade, homossexualismo.
"Não podemos escolher de onde
viemos, mas podemos escolher para onde vamos."
"Então, eu acho que nós somos o que
somos por uma série de razões. E talvez nunca saberemos a maioria deles."
"Não há nada como a respiração
profunda depois de dar uma gargalhada. Nada no mundo se compara à barriga
dolorida pelas razões certas. E essa era ótima."
"É muito mais fácil não saber das
coisas de vez em quando."
"Deixei que o silêncio colocasse as
coisas no lugar em que elas deveriam estar"
“Se for meu professor de inglês o único
amigo que faço hoje, será um pouco deprimente.”
“As coisas mudam e os amigos se vão, mas
a vida não para para ninguém.”
“Acho que, se um dia eu tiver filhos e
eles ficarem perturbados, não vou dizer a eles que as pessoas passam fome na
China nem nada assim, porque isso não mudaria o fato de que eles estão
transtornados. E mesmo que alguém esteja muito pior, isso não muda em nada o
fato de que você tem o que você tem. É bom e mau.”
“Eu sei que há pessoas que dizem que isso
não acontece. E há pessoas que se esquecem do que é ter 16 anos quando fazem 17
anos. Sei que tudo isso não passará de histórias. E que nossas imagens se
tornarão fotografias antigas. Todos nos tornaremos pais de alguém. Mas agora
esses momentos não são histórias. Isso esta acontecendo.”
“Sempre acho que um livro é meu favorito
até eu ler outro.”
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